Vendedor de sapatos

Estava ao telefone com a amiga…
– Ah, querida, vai dar uma volta, levantar o astral. Sei lá, vai às compras. Compra uma blusa nova, um sapato. Vai ficar aí se remoendo por alguém que não te dá valor ?
– É, acho que é isso que vou fazer. Vou comprar qualquer coisa pra ver se levanto meu astral.

Então saiu desmedida, desiludida caminhando pelo shopping, foi parar em frente a uma loja de sapatos. Pensou consigo, precisava de um mimo. Ainda na vitrine foi abordada por um rapaz alto, cabelos cacheados loiros, um vendedor muito simpático.
Ela avisou que estava interessada numa sandália que havia visto na vitrine, com umas tiras largas. O rapaz a conduziu até um banco no interior da loja e pediu que aguardasse um instante enquanto ele fosse procurar a sandália. Trouxe, agachou em frente as pernas dela e retirou o sapato dos pés dela. O rapaz ficou extasiado, que pé lindo ela possuía. Pé branquinho com as unhas curtas pintadas de rosa clarinho. Ele vestiu a sandália nos pés dela, levantou-se e ficou olhando fixamente para eles. Ela se levantou, pisou e olhou no espelho.
– Não sei… – disse ela olhando para os pés.
– A senhorita tem pés lindos. Posso trazer sandálias que combinem?
– Ai, não sei… – mas ela nem percebeu que ele já havia sumido.
O vendedor voltou trazendo todo o estoque, par após par, com poucas tiras, strass, salto, fivela, elástico, velcro, couro, preta, colorida, plataforma…
E a cada prova ele saboreava os pés dela com o olhar. Ela percebeu. Ele percebeu que ela percebeu. Então ele beijou o pé dela, ela sorriu. Ele deu uma piscada, ela respondeu. Os dois foram para o almoxarifado para uma rápida prova.
O vendedor começou beijando os pés dela, e ela se sentiu bem. Nunca tivera um homem a seus pés, literalmente. Ele beijou cada dedo dela, chupava e gemia. E ela rindo por dentro e se excitando por fora. Ele passava as mãos nas pernas dela levantando a saia, subia beijando até saborear do íntimo dela. Profundo, molhado, gostoso. Ela gemia. E a mão dele não largava o pé dela. Ela não agüentou e puxou ele pra cima, a boca na boca, a língua na língua, sussurros no ouvido,prazer no prazer, tesão no tesão, ele dentro dela, de pé dentro do almoxarifado. Era forte, rápido, gostoso, perigoso… Nem saberia dizer o que era mais excitante, a adrenalina ou o gozo.
Saiu da loja não só com cinco sandálias novas, mas com a auto estima lá em cima. Sorria até no andar.

No dia seguinte a amiga novamente ao telefone…
– Ai, amiga… hj sou eu que estou mal. Acho que vou ao shopping fazer umas comprinhas pra ver se me sinto melhor.
– Vai sim, vc vai se sentir bem! Mas, olha… não vá a loja de sandálias, aquela grande.
– Não? Por que? Problema com o atendimento ?
– Ishi, nem te conto… Hoje vou ter que ir lá novamente trocar uma sandália, assim que eu sair da pedicure. Vou dar uma ajeitadinha no meu pé.
– Ai, vendedor que não entende de pé não dá, né ?!
– Definitivamente você tem razão! – sorria consigo mesma olhando para os pés, com a sandália ao lado e o cartão do vendedor na mão…

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