Era o dia do encontro do círculo literário, Cecile ficou de passar para apanhar Thirré no hotel. Parou em frente e buzinou. Para sua supresa, a porta de vidro do hotel se abriu revelando um casal sorridente e alegre, como que complices de um amor novo. O coração de Cecile gelou, sua garganta secou e seus olhos se incendiaram. Era nítida a infedelidade! Não bastava o telefonema, todos os segredos trocados no silêncio do quarto enquanto ela dormia?
Chegaram animados, abriram a porta e entraram. Ela fingiu um sorriso. Rochelle, no banco de trás bateu-lhe nos ombros, Thirré no da frente veio para beijá-la mas desviou. Não queria provar do batom de Rochelle nos lábios de Thirré. Ele percebeu a frigidez.
Seguiram em silêncio, quer dizer, Cecile maquinava vinganças em seu interior enquanto Rochelle e Thirré contavam peripécias do grupo. Eles mal perceberam o desconforto de Cecile que estava surda aos murmurinhos deles.
Chegaram ao encontro, num botequim onde já estavam reunidos os outros integrantes do círculo. Já estavam na terceira garrafa de vinho.
Todos contentes vieram felicitar Thirré. Rochelle relembrava os grandes escritos dele e suas opiniões tão criativas que em muito ajudaram ao círculo. Vendo a animação de Rochelle ao falar de Thirré, o ódio crescia dentro de Cecile. A cena merecia um poema fúnebre…
Cecile não se divertiu, não bebeu, não levou Thirré para o hotel e foi embora sem maiores explicações. Thirré ficou sentido e não entendia a postura dela, tampouco Rochelle percebeu que o olhar enciumado de Cecile.
Continuaram a madrugada inteira ainda brindando palavras poéticas e vinhos tintos.
e o final da estoria como ficou fiquei curiosa publique mai
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