Flores de Algodoeira

Mana,
é… comovente

Estas flores, brancas e vermelhas, úmidas e mansamente curvadas
dentro deste azul que se acumula como água de um poço,
foi você mana,
foi você quem as floresceu, não foi?

Este azul de outono — ecoaria num toque de dedo
e até as rochas se esfarelariam todas…

Não foi você, que atravessou aquela dormente primavera
Não foi você, que atravessou aquele imenso verão,
e curvando-se de cima a baixo por essa ladeira de plântagos
fez que florescessem, não foi?

Seo Jeong-Ju

Poema reunido por Ji Hyun Lee no livro
“O Pássaro que comeu o sol: poesia moderna da Coréia”.
Tradução de Yun Jung Im

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Um comentário sobre “Flores de Algodoeira

  1. Uma excelente oportunidade de conhecer um poeta oriental. Que coisa linda. “curvando-se de cima a baixo por essa ladeira de plântagos
    fez que florescessem, não foi?”
    Muito bom divulgar uma literatura alternativa.

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