Fosse eu retirada da ausência por desejo de alguém. Me tivesse calhado, ao menos, um homem completo, pessoa acabada. Mas não, me coube a metade de um homem. Se diz, de língua girada: o meu cara-metade. Pois aquele, nem meu, nem cara. E se metade fosse, não seria só a cara, mas todo ele, um semi macho.
Mia Couto in “O Fio da Missangas” (Meia culpa, meia própria culpa)
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[…] via Cara metade — Poetriz […]
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